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Uma vocacionada: Como Deus me guiou até à minha guia espiritual?


“Abandona-te totalmente em Jesus, e Ele te conduzirá aonde quiseres.”

Bem-Aventurada Clélia Merloni.


Com essa frase inicio o meu relato sobre a procura da minha guia espiritual, testemunhando que quando fui abandonando minha vida nas mãos de Deus, Ele foi operando maravilhas em meu coração.


Tudo se iniciou com o meu retorno para a família, depois de fazer uma experiência em uma comunidade religiosa, eu tinha 21 anos de idade. Passaram-se mais ou menos 3 anos e dentro de mim havia uma inquietação muito grande. Percebi, junto com um grupo em que participei pelo whatsapp (Seis meses com Maria), a necessidade de ter um guia espiritual.


Segundo a minha lógica deveria ser o padre da minha paróquia, mas por questão do meu trabalho, eu não consegui ser acompanhada por ele. Então procurei um pároco amigo da cidade vizinha, ele também aceitou, mas por questão da realidade de eu ter que viajar todas as vezes e da pandemia, deixei também de lado essa opção.

Ainda muito inquieta, com o coração agitado e apertado sem saber realmente quem devia ser, pensei em minha mestra do postulado (do convento onde estive antes), dado que ela me conhecia, ficaria mais fácil para as partilhas. Perguntei-lhe se ela poderia ser minha guia espiritual, no momento ela disse que ia rezar sobre a questão e mais tarde aceitou.


Fazer direção espiritual com essa irmã me ajudou um pouco, mas a inquietação que tinha no coração não passava. Para me ajudar a passar esse desassossego, ela me aconselhou uma filosofia havaiana e algumas jaculatórias, mas obviamente não foi solução. Continuei a sentir-me agitada e sem conseguir realizar as minhas orações. A direção espiritual também não era continua, ás vezes ficava mais de um mês sem falar com ela.


Nesse meio tempo eu estava em um grupo pelo whatsapp (que teve origem depois dos seis meses com Maria). Nesse grupo, no qual permaneço até hoje, realizamos várias orações e meditações; ele é conduzido por uma religiosa. Desde a primeira vez que a vi, me chamou à atenção o seu semblante sempre feliz e sereno, suscitando em mim o desejo de possuir essa felicidade. Aquilo permaneceu no meu coração.

Com esse grupo e com a irmã fui aprendendo coisas fundamentais para minha vida espiritual, como por exemplo, a importância de ter um guia escolhido por Deus! Como diz o Catecismo (cfr. CIC 2690), devemos ter atenção em quais mãos nos pomos, porque enquanto o guia certo nos pode levar à perfeição, o guia errado pode-nos levar a perder a direção.


Mesmo sendo acompanhada ainda pela minha ex-mestra do postulado, comecei a partilhar algumas coisas com a irmã responsável pelo grupo, e toda a vez que ela me respondia meu coração ardia. Nesse tempo senti o desejo no meu coração dela ser a minha guia, mas eu tinha vergonha de falar sobre isso com ela.

Estava previsto que um ciclone passaria na cidade que a irmã morava. Então fiz uma oração que até hoje me custa acreditar que fiz: se o ciclone não passasse naquela cidade até ao 12h, eu enviaria uma mensagem para ela sobre a direção espiritual. Por fim o ciclone não passou!


Depois de um tempo tomei coragem e fui falar com a irmã. Falei de todo caminho que eu andei para encontrar um guia. Logo após, ela me enviou um artigo que se chama “Como reconhecer o/a nosso/a diretor/a espiritual, segundo a Palavra de Deus?”, nele há 3 passos que me ajudou muito, que quando fui lendo fui percebendo que era essa irmã que deveria ser minha guia espiritual.


Com esse artigo fui fazendo alguns paralelos e percebi que até àquele momento a vida desta irmã era a mais coerente com a palavra de Deus que eu já conheci, e as suas palavras estavam sempre ligadas ao Evangelho e ao que a Igreja nos pede. Nunca tinha visto alguém desta forma. Também na minha reflexão e oração percebi que depois que entrei nesse grupo e partilhei algumas coisas com a irmã, eu sentia o meu coração arder, com sede de ser mais santa, de ser mais de Deus e procurar modos para alcançar esses objetivos!


Termino dizendo que foi um caminho longo para encontrar minha guia espiritual, mas como disse Santa Edith Stein “O que vale a pena possuir, vale a pena esperar”!.


Uma vocacionada


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