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Somos prisioneiros de nós mesmos?

A história “Os Três Eduardos”, descreve a vida de Raynald III, um duque do décimo quarto século, que viveu no que hoje é a Bélgica.


Totalmente acima do peso, Raynald foi comumente chamado por seu apelido latino, Crassus, que quer dizer “gordo”.

Depois de uma disputa violenta, o irmão mais jovem de Raynald, Eduardo, conduziu uma revolta bem sucedida contra ele. Eduardo capturou Raynald mas não o matou. Ao invés disso, ele o colocou num quarto no castelo de Nieuwkerk e prometeu que ele poderia recuperar o título e a propriedade dele assim que ele pudesse deixar o quarto.


Isto não teria sido difícil para a maioria das pessoas porque o quarto tinha várias janelas e uma porta de tamanho próximo ao normal, e nenhuma delas estava trancada. O problema era o tamanho de Raynald. Para recuperar a liberdade dele, ele precisava perder peso. Mas Eduardo conhecia o irmão mais velho, e cada dia ele enviava uma variedade de comidas deliciosas. Ao invés de fazer regime para sair da prisão, Raynald engordou mais.


Quando acusaram o Duque Eduardo de crueldade, ele tinha uma resposta pronta: “Meu irmão não é um prisioneiro. Ele pode sair quando ele bem quiser.”

Raynald ficou naquele quarto durante dez anos e não foi libertado até depois que Eduardo morreu numa batalha. Mas a este ponto, a saúde dele já estava tão arruinada que ele morreu dentro de um ano… prisioneiro do seu próprio apetite.

(Autor do conto: Craig Brian Larson)

 

Quantas vezes o Senhor nos abre a porta e nós não conseguimos entrar simplesmente pelo apego aos nossos apetites, as nossas ideias, os nossos projetos… até quando seremos prisioneiros de nós mesmos?

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