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Como a Palavra de Deus e a Oração me ajudou a entender a Vontade do Senhor


Quando criança eu tinha inúmeros sonhos, cada dia queria ser algo diferente, mas o que mais se destaca entre todos os sonhos, é que eu estava a cuidar de projetos sociais ou de pessoas. Deus não só achou um meio de me fazer realizar todos os sonhos, como os uniu no princípio de dar a minha vida em favor dos necessitados. Aos 15 anos o chamado vocacional se tornou algo tão intenso e forte, que foi impossível negar ou ocultar, e comecei a buscar, aos 16 anos recebi a confirmação do meu chamado vocacional à Vida Religiosa Consagrada. Após uma oração, pedi uma resposta, uma resposta por meio da Palavra de Deus, e a obtive: “Eu, o SENHOR, chamei-te Realmente em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios” (Is 42, 6). Deus não precisaria ser mais claro, ao receber essa resposta, logo me pus em prontidão para ingressar no convento, naquele ano tinha muito contato com uma comunidade religiosa próxima a minha casa. E no ano seguinte, ingressei nessa mesma comunidade, na qual permaneci por 4 anos. Depois que deixei a comunidade, disse que não voltaria mais, não a vocação religiosa, a dor que passei ao me desligar da comunidade, foi terrível, não queria voltar a sentir.


Aos 20 anos, estava na casa de meus pais, atuando como ministra da eucaristia e da palavra, estava na equipe de coordenação da catequese, projetando a fundação de um grupo de adolescentes na comunidade, me destacando nos estudos, conquistando muitas coisas, planejando um futuro cheio de ambições e vaidades, entretanto como costumo dizer eu Levei uma baita “Paulada de Deus”. Estava a meditar o livro do êxodo, capitulo 3, quando me deparei com um enlace que mudou minha forma de ver e de querer ser. Nos versículos 7 e 8, Deus fala: “EU VI a aflição do meu povo, EU OUVI, os seus clamores, Eu CONHEÇO seus sofrimentos... e EU DESCI para livra-los..." e lembrei da minha aliança com o Senhor, “e te darei por aliança” no sofrimento no Egito, Moisés foi essa aliança, essa Presença de Deus, os profetas o foram, e eu estava sendo chamada a ser e agora? Nosso Deus, não é um Deus indiferente a nossa dor e sofrimento, Ele nunca teve culpa das minhas dores sofridas, pelo contrário, ele conhecia cada dor, e me consolava em cada momento, Ele descia e cuidava de mim. A partir desse momento eu voltei a buscar uma comunidade religiosa, e seguir meu caminho.


No ano seguinte entrei em uma comunidade franciscana, não a que Deus tinha me indicado, por que está eu não me achava ser capaz de viver, achava impossível pra mim, tamanha radicalidade. todavia eu tinha tomado um caminho, que não era o meu, então precisava regressar, e eu relutei muito contra esse regresso, queria de todo jeito arrumar um outro meio. tentei algumas vezes fazer “acordos” com Deus. O jeito que se deu, foi eu reconhecer meu caminho, assumi-lo e retornar, já estava disposta a fazer tudo isso, entretanto pedi um sinal ao Senhor, que ele me desse um sinal diferente, algo extraordinário.


Um Sábado à tarde fui fazer minha meditação do evangelho do dia, que era de João cap. 6 a partir do versículo 67: “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. Um pouco antes desse versículo, percebe-se o medo dos discípulos, com as palavras tão duras de Jesus, e então deixam de seguir o Mestre. Esse Evangelho me levou a me perguntar, eu sou daqueles que desistem diante da Palavra do Senhor? ou como São Pedro, que diz: “A quem iremos Senhor...”. Envolvida por essa graça eu disse, “Senhor eu vou, afinal a quem eu irei, só Tu tens palavras de Vida Eterna, Senhor eu vou aonde quiseres, eu farei o que quiseres; Senhor, se queres mesmo que eu vá pelo mundo evangelizar me dê um sinal de evangelização, mas se queres que eu fique em obra social, me dê um sinal para tal missão”. terminei minha oração e iria sair para fazer uma caminhada, antes de sair encontrei uma mãe e seu filho, eu me pus a conversar com eles, e quando eu me dei conta, já estava a evangeliza-los. Então, eu me dei conta que Deus havia me respondido. Meu coração encheu-se de Alegria e coragem para iniciar com sinceridade meu caminho vocacional, e agora, desejar fazer a VONTADE DO SENHOR, com todas as minhas forças, com todo o meu ser.

Vocacionada Rita

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