Paz e bem, queridas "ovelhinhas" do Senhor em discernimento vocacional, hoje gostaria de compartilhar convosco um belíssimo sinal, um pouco fora do comum, que recebi no início dos meus seis meses de experiência na comunidade religiosa dos "Pequenos frades e freiras de Jesus e Maria”, durante a primeira peregrinação de total providência que fiz.
Tínhamos decidido fazer uma paragem em Ispica, cidade situada no sul de Itália, onde nasceu a nossa comunidade. Eu e os dois irmãos com quem fiz a peregrinação fomos à Cava (gruta) para rezar. Nessa gruta foi onde o nosso fundador, frei Volantino, se retirou inicialmente e dalí, ainda sozinho, começou o caminho que Deus lhe tinha indicado - um pouco como tinha feito São Francisco de Assis.
A gruta é um lugar muito silencioso e atraente para estar em retiro e concentrar-se na oração. Eu escolhi um lugar onde pudesse sentar-me e rezar e, dirigindo a minha mente e o meu coração ao Senhor, pedi-lhe que me falasse naquele lugar onde o silencio era quase absoluto. Era um dia bonito, ensolarado e sem vento. Tinha a Bíblia aberta no colo, quando – não sei como – as páginas da Bíblia desfolharam-se sozinhas diante dos meus olhos e abriram-se no capítulo 54 do livro do Profeta Isaías:
«Alegra-te, o estéril que não deste à luz, ergue gritos de alegria e exulta, tu que não sentiste as dores de parto, porque mais numerosos são os filhos da abandonada do que os filhos da esposa, diz o Senhor [...]. Porque o teu esposo será o teu criador, Senhor dos Exércitos é o seu nome; o Santo de Israel é o teu redentor, Ele se chama o Deus de toda a terra [...]. Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, grande será a prosperidade dos teus filhos».
Obviamente fiquei muito surpreendida, seja pelo acontecimento extraordinário, seja porque esse era o capítulo do livro do Profeta Isaías que tinha acompanhado a minha busca vocacional! De fato, anos antes, durante um retiro vocacional, em adoração diante de Jesus Eucaristia e pedindo ao Senhor que me indicasse a minha vocação, tinha sido próprio esta a passagem que o Senhor me tinha dado! A emoção foi tão grande que me vieram as lágrimas aos olhos! Nesse momento fiquei certa que o Senhor me chamava a ser Sua esposa, só ainda não sabia em qual família religiosa.
Assim que, aquele dia na Gruta, foi um sinal quase irrefutável de que o Senhor me chamava a fazer parte desta família religiosa, mesmo se depois recebi tantos outros sinais de confirmação, que me deram a total certeza do meu chamado.
Ir. L.M.V.
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