«Aproximava-se a solenidade de Ramos, quando a jovem, de fervoroso coração, foi ter com o homem de Deus, para saber o que e como devia fazer para mudar de vida. Ordenou-lhe o pai Francisco que, no dia da festa, bem vestida e elegante, fosse receber a palma no meio da multidão e que, de noite, deixando o acampamento (cfr. Heb 13,13), trocasse o gozo mundano pelo luto da paixão do Senhor. Quando chegou o Domingo, a jovem entrou na igreja com os outros, brilhando em festa no grupo das senhoras. Aconteceu um oportuno presságio: os outros se apressaram a ir pegar os ramos, mas Clara ficou parada em seu lugar por recato, e o pontífice desceu os degraus, aproximou-se dela e lhe colocou a palma nas mãos. De noite, dispondo-se a cumprir a ordem do santo, empreendeu a ansiada fuga em discreta companhia. Não querendo sair pela porta habitual, com as próprias mãos abriu outra, obstruída por pesados troncos e pedras, com uma força que lhe pareceu extraordinária. E assim, abandonando o lar, a cidade e os familiares, correu a Santa Maria da Porciúncula, onde os frades, que diante do altar de Deus faziam uma santa Vigília, receberam com tochas a virgem Clara». (Legenda de Santa Clara, n. 7-8).
top of page
bottom of page
Comments